Paraisos Artificiais - Filme
Opinião pessoal do filme:
Desde que eu vi essa capa desse filme eu fiquei com uma certa vontade de assistir. Me parecia que seria algo diferente dos nossos padrões cinematográficos, uma capa chamativa utilizando de elementos em neon e um beijo sugestivo; isso alimenta a curiosidade de qualquer um não é mesmo? Então eu decidi assistir e eis aqui minha opinião:
"A partir do inicio desse filme e o decorrer das primeiras cenas permanece a dúvida do que realmente o filme abordará, com algumas cenas desnecessárias, atuações ruins de grande parte dos coadjuvantes, diálogos cansativos e muito tempo livre na tela..."
"Essas foram as minhas primeiras impressões ao assistir PARAISOS ARTIFICIAIS, já estava arrependido de estar sentado ali no cinema vendo aquilo. Mas o tempo foi passando, as cenas foram amadurecendo e revelando um filme mais denso:
Mostrando o mundo das drogas alucinógenas e seu poder em raves populares e sua disseminação com os jovens. A fotografia do filme está impecável com cenas deslumbrantes e muito vivas, com cenários e paisagens incríveis mesclando lugares do Brasil e de Amsterdã, assim como a trilha sonora que era realmente muito boa !!!! "
"Creio que a direção desse filme mandou muito bem nas cenas de brisas e viagens com as drogas pois era quase que um feeling para quem assistia mesmo. "
"NATÁLIA DILL e os outros dois atores principais merecem todo o aplauso também.
Sua atuação foi sensacional! O interessante é que ela sempre estava com uma cara diferente de acordo com os sentimentos, pensamentos e humor.. Mandou muito bem sentindo e sustentando a personagem como se deve!"
" Portanto é isso, o filme que não começa muito bem conseguiu se salvar e me surpreender com todos os fatores que eu já mencionei. É um filme brasileiro, mas não se parece nem um pouco com o que estamos acostumados. A visão cinematográfica é muito diferente nos fazendo pensar que é um filme gringo. O roteiro em si, a fotografia, a trilha sonora e a atuação maravilhosa fazem valer a pena."
"Eu gostei e super recomendo!"
Trailer oficial do filme:
Dez curiosidades sobre Paraísos Artificiais
1 - EUREKA
Luca Bianchi em cena com Bernardo Melo Barreto: personagens se envolvem com o tráfico de drogas sintéticas
A ideia que deu origem a Paraísos Artificiais surgiu de conversas entre Prado e o ator Bernardo Melo Barreto, que no filme interpreta o melhor amigo de Nando. Em 2007, numa época em que eram constantes as prisões de jovens da classe média envolvidos no tráfico de drogas sintéticas no Brasil, ele se deu conta de que seu próprio filho, então com 15 anos, estava prestes a ser exposto aos excessos e riscos que atingem a juventude de hoje na passagem para a vida adulta. "Se fizesse um filme sobre o tema das drogas sintéticas, poderia de alguma forma alertá-lo", confessa o diretor.
2 - MERGULHO NAS RAVES
O diretor Marcos Prado: quatro anos de pesquisas, viagens e entrevistas para criar Paraísos Artificiais
Marcos Prado revela que chegou a frequentar raves e festas no Recreio entre 1999 e 2002, mas precisou de um intensivão para conceber Paraísos Artificiais. Foi a duas edições do Universo Paralello, festival na Bahia que serviu de inspiração para criar Shangri-la, a enorme festa de arte e cultura alternativa que serve de cenário para as experiências vividas pelos protagonistas do filme. Ao lado do fotógrafo Lula Carvalho e do diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, conheceu também o Burning Man, espécie de festival de contracultura realizado anualmente em pleno deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Foi de lá que Prado pinçou a tinta neon com a qual Érika e Lara se pintam em determinada cena - no festival, à noite, as pessoas se enfeitavam com o pigmento que brilha sob a luz negra.
3 - PAPÉIS INVERTIDOS
Marcos Prado e José Padilha, parceiros em Tropa de Elite 1 e 2, trocam de funções em Paraísos Artificiais. Enquanto na saga de Capitão Nascimento Padilha dirigia e Prado era produtor, no novo filme o diretor de Tropa produz e Marcos Prado dirige.
4 - TODOS À PROVA
Nathalia Dill: após integrar elenco de apoio do Tropa 1, ela vivie sua primeira protagonista no cinema em novo trabalho com Marcos Prado
Todos os atores do elenco foram escolhidos por testes. Nem mesmo Nathalia Dill, que vem comprovando seu talento em sucessivos papéis de destaque nas novelas globais, escapou de ser avaliada para o papel da DJ Érika. A personagem, aliás, é a mais ousada de sua carreira, com direito a cenas de nudez e sexo entre ela e os outros dois protagonistas, Nando e Lara.
5 - TREINAMENTO DE CAVEIRA
O elenco de Paraísos Artificiais encarou uma oficina de três meses com a preparadora Fátima Toledo, conhecida por seus rígidos treinamentos - ela também preparou os atores de Tropa de Elite. Luca Bianchi enfrentou a maratona mais intensa. Para viver um jovem da Zona Sul do Rio que é pego traficando entorpecentes e fica preso durante quatro anos, o ator foi submetido a privações. De segunda a sábado, trabalhava com Fátima; só podia ver a família uma vez por semana; e festas, encontros com os amigos e saídas à noite eram proibidos. Uma espécie de prisão em sua própria vida, durante noventa dias.
6 - AÇÃO!
O casal protagonista: cenas em Amsterdã
O filme foi rodado em duas etapas: uma, no fim de 2010, compreendeu as cenas gravadas no Rio e no nordeste do país. Filmaram no Arpoador e no Baixo Gávea, além de sequências em estúdio no cenário de uma boate em Amsterdã. Em seguida, a equipe foi para o Nordeste. Em Pernambuco, na paradisíaca praia do Paiva, rodaram as cenas do festival; em Maceió, nas falésias da praia do Gunga, a bad trip vivida por Érika (Nathalia Dill). Após o carnaval de 2011, a segunda etapa: rumaram para Amsterdã, na Holanda, onde filmaram cenas externas.
7 - BÚFALOS RAIVOSOS
Foi justamente durante a filmagem da cena em que Érika tem uma bad trip após se drogar que um incidente pitoresco aconteceu. A personagem de Nathalia, em suas alucinações, se via nua e cercada de búfalos selvagens. Os animais, teoricamente domesticados, foram trazidos de caminhão do Pará até Maceió exclusivamente para contracenar com a atriz. Na chegada ao nordeste, no entanto, os bichos estavam estressadíssimos após a longa viagem. Num intervalo de gravações, um deles, enraivecido, partiu para cima de Nathalia, que foi protegida por um dos peões que cuidavam do elenco animal. Tamanha gratidão fez com que a atriz esquecesse que estava sem blusa. "Eu fui abraçar o cara. Tem uma imagem dele me olhando meio constrangido enquanto eu agradecia sem me dar conta. Espero que tenha sido legal para ele (risos)", conta ela.
8 - JARGÃO DA LIBERDADE
Lara (Lívia de Bueno) e Érika (Nathalia Dill): cumplicidade entre as personagens resultou na cena de sexo entre as duas amigas, não prevista no roteiro
Durante as filmagens, Marcos Prado não se prendeu ao roteiro. Muito pelo contrário: incentivou que as situações rendessem improvisações e alterações no que as cenas no papel estabeleciam. A cena de sexo entre Érika e Lara (Lívia de Bueno), por exemplo, surgiu no meio das gravações. Essa liberdade e desapego pedidos por Prado aos atores ganhou um nome: "freestyle". Toda vez que o diretor os instruía a não se prender ao roteiro, dizia "freestyle".
9 - TRILHA RENOMADA
Nathalia Dill na pele de Érika: a personagem é uma bem-sucedida DJ internacional
Um filme que tem como pano de fundo a cena eletrônica não poderia ter uma trilha sonora diferente. No setlist do longa, cuja trilha original foi composta por Rodrigo Coelho e produzida por Gustavo MM, há DJs e produtores renomados, como Deadmou5, Renato Cohen, Flow & Zeo, Froga Cult, e Magnetrixx, explorando várias vertentes do estilo. Gui Boratto, DJ e produtor brasileiro que figura entre os melhores do mundo, é autor da música-tema do filme. "Sou fã do som do Gui há muito tempo. Ele é talentoso e consegue dar um clima cinematográfico a todas as suas composições", elogia Prado.
10 - UM OUTRO PARAÍSO
O nome Paraísos Artificiais foi inspirado no título do livro homônimo de Baudelaire. "Li o livro e achei que o título se encaixava perfeitamente no filme, embora aborde outra época, meados do século XIX, e o consumo de outras drogas, vinho, ópio e haxixe", admite Prado. O diretor inclui ainda entre as obras que inspiraram seu primeiro longa de ficção "Amor Líquido" e "Tempos Líquidos", de Zigmunt Bauman; "Festa Infinita" de Tomás Chiaverini e "Você quer o que deseja?" de Jorge Forbes. Filmes como "The Doors", de Oliver Stone, "Réquiem para um Sonho", de Darren Aronofsky, "Groove", de Greg Harrison e "Berlin Calling", de Hannes Stöhr também serviram como referência.
Fontes:
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